domingo, 28 de novembro de 2010

Auto Retrato

Auto Retrato                               Cláudio Vera Cruz


Me traduzam esta expressão , o que diz ela ?
Sinto nos teus olhos,opressão
Sempre muda , sempre estranha,intransponível face,
Travestida parece normal

Teu mundo é irracional?Teu sonho irreal?
Teu tempo anormal? Teu amor marginal ?

Tua força inexiste,não convence, não se impõe,
Parece não ter mais ilusões
Adormecida,energia,cega,invalidada
Inútil consciência a te prender

O que te aconteceu?Quem foi que te feriu?
Será que é porque, lembras de um velho Brasil

(época da ditadura)

Dona Yedda de Claudio Vera Cruz e Paulo Buffara por Claudio Vera Cruz

Dna.Yedda            Paulo Mansur Buffara / Claudio Vera Cruz


Tem dias,
 que a gente acorda com vontade de ser legal,
Com todo mundo

Tem dias,
Que a gente acoda com vontade de ser legal,
Com todo mundo

Foi assim que eu conheci Dna.Yedda,
Foi assim que Dna.Yedda me conheceu,

E agora ela só quer fazer amor comigo.


sábado, 27 de novembro de 2010

O Vampiroca

 

O Vampiroca               Hermes Aquino/Cláudio Vera Cruz



Olhando me no espelho
Na intimidade do lar
Eu vi minhas presas crescendo
Senti meu sangue gelar

A meia noite bateu
Tremi de medo total
Satã me deu suas ordens
Uma capa,um punhal

E pelas ruas escuras
Procuro uma fada que queira me amar

E nas suas veias tão puras
O sangue delicioso eu vou sugar

E quando o dia vem amanhecendo
Eu volto,correndo,me lambendo,
Pro caixão vou descansar

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Antipaganda




Antipaganda                   Paulo Mansur Buffara/Cláudio Vera Cruz

A cidade dorme,meus olhos acendem
Com o apito da fábrica da imaginação

E vou ao comando da nave de idéias
Que rege a vontade da população,

Enquanto no sono,conseguem comprar
O sonho que agora vou fabricar,
Me encolho em meu corpo e meus olhos vermelhos sofrem
Pois quem vai me hipnotizar?

E compram besteiras, falácias inúteis
Amando vantagens que os tornam felizes
E em frente do vídeo estancam passivos
E engolem mentiras de todos motivos

Voltando da nave,avisto a cidade
Silente piscando,na vigília das luzes

Embaixo do morro Santa Tereza,
Um sono-consumo de gente indefesa
E quando me deito,e apago minha mente
As vidas se ligam e acordam acesas.

Claudio Vera Cruz viajando pela BlueNote